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A prática do iaido reveste-se de grande profundidade pois o Iai tem como objectivo o autodomínio do praticante e a

derrota do adversários sem a necessidade de desembainhar a katana. Em outras palavras, a conquista psicológica do adversário sem que haja necessidade do uso da espada.

 

A prática é feita visualizando-se os inimigos de acordo com os princípios de cada kata, não tendo necessariamente um oponente físico.

Para fins didácticos, podem-se executar os movimentos com oponentes reais.

 

Como pode uma arte marcial  ser efectiva quando é praticada somente com o uso de katas contra oponentes imaginários? Essa questão é mais profunda e difícil de responder do que pode parecer inicialmente. O problema começa na definição de 'efetiva' e que efeito se deseja obter. Claro que nos katas não existe oportunidade de comprovação da técnica do praticante em combate, como existe no kendo. O rigor na repetição dos movimentos do kata não deixa também espaço para adaptações em resposta às ações de um adversário real.

 

Por isso existe o Kenjutsu para desenvolver a interacção com um adversário. Mas, sejamos honestos, uma arte marcial  contextualizada no mundo atual, o iaidô e outras formas de esgrima, não podem ser encaradas como algo de utilidade prática pela simples razão de que  não é usual nem esperado que alguém saia à rua usando uma espada à cintura.Estas artes foram criadas no Japão feudal e a nossa realidade não é essa. Mesmo que por vezes a nossa imaginação nos possa levar a pensar que sim.

 

Mas deve ser notado no entanto o que está por baixo dessa observação superficial.

O que deve ser observado é o modo como o praticante deve se portar para evitar conflitos.

Isso foi explicado milénios atrás por Sun Tsu em sua obra A Arte da Guerra e, posteriormente, por muitos estrategas.

O praticante que treina com dedicação e correcção e com a orientação de um Sensei, desenvolve a habilidade de reconhecer situações difíceis e de como evitá-las antes que se tornem problemas de fato. Mesmo sendo inevitáveis ele aprende a enfrentá-los antes que atinjam grandes proporções.

Mesmo algumas sendo inevitáveis, o praticante aprende a manter um estado de espírito e postura corporal e mental, que não oferece, ao adversário, oportunidade de agredi-lo. Essa é a essência do iaido, e de outras artes-marciais que não se transformaram simplesmente em desportos ou vertentes comerciais de métodos de luta.