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Estudar as armadilhas

Também pode estudar o ambiente. A maioria dos professores de artes marciais legítimos, sejam ou não instrutores profissionais ou apenas amadores, trabalham de forma profissional. Pense naquele Sensei fora do fato de treino como um medico, por exemplo, ou um advogado, professor, ou qualquer outro profissional. Será que a sua personalidade e postura lhe inspiraria confiança? Contrariamente a alguma crença popular, professores de artes marciais na China ou Japão normalmente agem como pessoas normais e honestas. Não oferecem sabedoria em frases mal articuladas e vivem em mosteiros. Na verdade, a maioria dos professores na Ásia, poupam para as grandes organizações modernas, não fazem grande dinheiro das aulas de artes marciais de todo. Vivem vidas normais, e agem como pessoas normais, mesmo que possam estar a ensinar habilidades extraordinárias. Se o seu instrutor caucasiano mestre de Junsei-Po-ryu  semi-cerra os olhos para parecer mais oriental e tem um discurso que parece uma mistura de Marlon Brando com Master Po, mas viveu toda a vida em casais das couves, perto de onde judas perdeu as botas, não pense que ele é um grande e sábio Mestre. Pense que este tipo tem algum sério problema mental.

Eddie Wu mestre do estilo Wu de T'ai Chi Ch'uan não escondia nada dos seus alunos quando lecionava um seminario. Em vez de falar em círculos, era conciso, claro e lógico nas suas discussões. Quando alguém ficava perplexo e dizia que não entendia determinada Técnica, ele não dizia, “Ahh, pequeno gafanhoto, tens de meditar durante 20 anos numa cama de pregos antes de entenderdes o que quero dizer.” Ele dizia, “agarra-me.” E as pessoas agarravam e iam a voar pelos ares e entendiam, bastante depressa, sobre o que ele estava a falar.

E apesar de no Japão se poder encontrar professores Japoneses e Sempai com as mais estranhas personalidades, não se encontra um professor legítimo que faça caretas e rosne como ao estilo samurai de Toshiro Mifune, como que saído do século 15. Talvez se encontre, mas provavelmente será considerados pelos seus colegas como um palerma e não será tido em grande consideração. Não será certamente considerado um samurai moderno reencarnado.

Também, observe as armadilhas. Escolas modernas de artes tipo “–do” podem ter obviamente coisas que incitem os pais a inscreverem os seus filhos nas aulas: troféus, cartazes, faixas, armas de ar exótico, autocolantes e emblemas. Claro, temos de aceitar isso como natural. Mas será que este merchandizing se sobrepõem ao treino? Será que tantos emblemas e autocolantes nos seus fatos de treino fazem com que quase não se veja os próprios fatos? Se isso for verdade, então talvez o professor esteja a tentar esconder algo — como o treino de kata é realmente mau, por exemplo.

Os Koryu são ainda mais austeros. Assim, se entrar num dojo de Koryu e encontrar toda a sorte de estranhos objectos de aparência oriental na decoração, considere isso um sinal de alerta. A maioria dos Koryu é influenciada pelo Shinto, Zen, e/ou religiões esotéricas Japonesas na sua arquitectura e decoração, por isso tendem a ser severos e simples em termos de uniformes de treino e decoração do Dojo. Uma caligrafia num pergaminho numa parede, talvez um arranjo floral, um único altar e um suporte para armas. Isso é basicamente o que se vê num dojo legítimo no Japão. Nenhuma Pantera gigante pintada numa parede com veludo preto, de certeza.

 

Alem da legitimidade